Penso que o mundo é um lugar estranho.
Eu que sempre achei que estava certo
Acabo vendo que nunca estive errado,
Acabo vendo que também estavam certos
Aqueles que me diziam ser errado.
O propósito me atirou pra frente.
À frente de tantos.
Não estou aonde quero,
E onde estou estou sozinho.
Sinto falta de ser criança.
A vida com os propósitos me parece ter mais sentido,
Mas a vida sem eles, é mais fácil de viver.
Mais livre para ser.
Sinto falta da inocência.
Mas não a da pureza.
A da ignorância mesmo.
Cadê o amor, que dizem estar sempre reservado?
Cadê a dita prosperidade, que dizem ser alcançável?
O que devo eu pedir em minhas orações?
Prosperidade, para compartilhar com outros?
Ou amor, para me compartilhar só com um?
Honestamente? Prefiro o amor.
Cadê o egoísmo, a cegueira do amor?
Quero esquecer que o mundo está acabando,
Quero esquecer que sentem fome.
Quero esquecer que eu sinto fome.
Eu só quero amar.
12:20
23 de fevereiro de 2010